terça-feira, 26 de julho de 2011

Um Povo que consegue, em menos de seis meses, reeleger um Cavaco, derrubar Sócrates e tirar da cartola um Coelho...

... TEM TODO O DIREITO A VER O MAIOR PARTIDO DA OPOSIÇÃO JOGAR PELO SEGURO!




Tó-Zé Seguro, que eu saiba, ainda não existe. Quando existir, pronunciar-me-ei então sobre ele, se acaso o vier a merecer...





Até lá, temos apenas um "produto" com alguma saída, constituído por um novo e bastante inovador Seguro na Política portuguesa: um completo "Seguro Multi-riscos" que é, simultâneamente, contra o esvaziamento total do Bloco de Esquerda, contra a inteligência e a argúcia de uma Oposição democrática, precisamente num dos períodos mais assanhados da ofensiva das forças da Direita desde o 25 de Abril, contra a fiscalização eficaz das decisões governamentais e presidenciais, num momento em que ambas estas sedes do Poder político se encontram nas mãos das mesmas forças partidárias, ideológicas e sociais e, ainda, contra a coesão e eficácia do próprio Governo de coligação, o qual, a partir de agora, se sentirá ainda mais protegido - para ateimar, para internamente se dividir e até para errar! - não apenas pela unicidade reinante em todos os centros de decisão política nacionais - Governo, Assembleia e Presidência da República (já para não incluírmos também neste rol o poder, mais complexo e delicado, do Sistema Judicial...) - e pela bovina complacência de todos os meios de informação de "massas", vulgarmente conhecidos por "Imprensa Suave", como igualmente, pasme-se, pela própria Oposição parlamentar, decididamente muito mais entretida com o seu umbigo e ocupada a encher os pneus do seu próprio ego, do que a exercer o seu insubstituível papel de contraponto do Poder e, o mais nobre de todos, de preparação séria e competente de uma alternativa de Futuro para governar Portugal!




Estamos bem arranjados, estamos, se a realidade não vier entretanto infirmar esta inacreditável história da carochinha em que, súbitamente, se transmutou a Política portuguesa...





Caros leitores, vamos pois de férias, já a sonhar com meio Pai Natal voando pelos céus no seu meio trenó, puxado por uma só rena, vesga e coxa (de uma pata esquerda), e retornemos aqui ao nosso solitário e desguarnecido posto de sentinela lá para meados de Setembro, quando o regresso às Aulas nos fizer confrontar com os primeiros problemas a sério nas nossas vidinhas, depois de um Verão mais ou menos feliz e contente...





DESEJO A TODOS UMAS ÓPTIMAS FÉRIAS!




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mas se todo o Mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas, qu'inda um dia...

(José Mário Branco)

Isto a propósito de uma bem-achada frase de MANUEL ANTÓNIO PINA:

«Beijar um cinzeiro é assim como lamber uma fumadora»

(adaptação livre de um versículo antigo de Macário Correia, in "Inéditos: Do Amor Ardente - Fascículo Zero").

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O aumento COLOSSAL do preço do "passe social", a partir de 1 de Agosto!






"Agosto, frio no rosto", reza e bem o ditado popular...




José Manuel Viegas, apresentado pela TSF como "Especialista de Transportes", concordou hoje com o aumento de 15% previsto, porque os Transportes têm sido, quanto a ele, "demasiado baratos" (tendo em conta os respectivos custos de operação, sublinhe-se).




Já Fernando Nunes da Silva, apresentado apenas como "Vereador da Mobilidade" em Lisboa (será profissionalmente algum taxista?...), opinou em sentido inverso, argumentando que um tal aumento apenas contribuirá para desfazer todo o cuidadoso trabalho que tem sido levado a cabo pela C. M. de Lisboa, induzindo de novo uma ainda maior transferência de utentes dos Transportes Colectivos para o veículo particular!




Por outro lado - o que aliás pode fazer uma grande diferença, no meio destas duas opiniões dissonantes -, a TSF anunciou que, ainda hoje, o Álvaro dos Transportes irá apresentar uma medida inovadora, que será a introdução de descontos especiais para os mais carenciados, no tocante ao custo dos Transportes Colectivos estatais em Lisboa e no Porto.




A ideia é louvável, desde que permita nomeadamente suprimir os efeitos do previsto aumento de 15% no bolso de quem possa vir mesmo a desistir do passe, por motivos económicos. Mas é uma grande trabalheira...



Tudo ponderado, parece-me que teria sido talvez muito mais económico e racional (boa tarde, prezado Álvaro!) optar por, em vez de introduzir o tal aumento de 15%, com os eventuais descontos para quem não o possa pagar, manter antes o preço actual dos "passes" e introduzir PENALIZAÇÕES, que poderiam até ser de 15%, para quem possa pagá-las! Seria também uma trabalheira, mas bastante menor e com menos má imagem perante a opinião pública.




Neste sentido, proponho construtivamente a apresentação de uma declaração da Seg. Social, atestando não estar o utente incluído nos respectivos Escalões 3, 4 ou 5, por exemplo, por forma a poder adquirir o "passe social de pobre" e não ter de pagar o "Passe de Rico ou Remediado". É apenas uma sugestão...